Leia o texto e resolva às questões 1 – 5:
A Arca de Noé
(Vinícius de Morais)
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da arca
Lentamente surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca.
Vendo ao longe aquela serra
E as planícies tão verdinhas
Diz Noé: que boa terra
Pra plantar as minhas vinhas.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E de dentro do buraco
De uma janela aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
“Os bosques são todos meus!”
Ruge soberbo o leão
“Também sou filho de Deus!”
Um protesta; e o tigre – “Não!”
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Afinal com muito custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Longe o arco-íris se esvai
E desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Erguem-se os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos.
Em meio à noite calada
Ouve-se a fala dos bichos
Na terra repovoada.
Atividades
1. A história é sobre
a) os animais que estão na arca.
b) a saída dos animais da arca.
c) os animais fortes e fracos.
d) a localização da arca.
2. No verso: “Diz Noé: que boa terra”, o dois pontos foram colocados para
a) introduzir uma opinião do autor.
b) representar a fala de um personagem.
c) separar os versos.
d) apresentar a fala do narrador.
3. O sentimento de Noé revelado ao sair da Arca e contemplar de longe aquela serra foi de
a) indignação.
b) afeto.
c) satisfação.
d) adversidade.
4. O primeiro animal a sair da arca foi o
a) tigre.
b) macaco.
c) elefante.
d) leão.
5. De acordo com o texto, a ordem de saída dos animais é comparada com a vida em relação às diferenças
a) de peso entre os animais.
b) históricas entre passado e presente.
c) de resistência entre os animais.
d) sociais entre pobres e ricos.
Leia e depois responda a questão:
Pescaria
José Paulo Paes
Um homem
que se preocupava demais
com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.
Um amigo lhe deu então a idéia
de usar as minhocas
numa pescaria
para se distrair das preocupações.
O homem se distraiu tanto
pescando
que sua cabeça ficou leve
como um balão
e foi subindo pelo ar
até sumir nas nuvens.
Onde será que foi parar?
Não sei
nem quero me preocupar com isso.
Vou mais é pescar.
6. No texto, a expressão “cabeça cheia de minhocas” indica
a) pensar na criação de minhocas.
b) pensar nos amigos.
c) pensar nas preocupações.
d) pensar na pescaria.
Leia e depois resolva a questão:
Inspiração
Mario de Andrade
São Paulo! comoção de minha vida…
Os meus amores são flores feitas de original…
Arlequinal…Traje de losangos…Cinza e ouro…
Luz e bruma…Forno e inverno morno…
Elegância sutis sem escândalos, sem ciúmes…
Perfumes de Paris…Arys!
Bofetadas líricas no Trianon…Algodoal!…
São Paulo! comoção de minha vida…
Galicismo a berrar nos desertos da América!
7. No poema, o emprego das reticências demonstra a
a) surpresa do poeta.
b) indignação do poeta.
c) ironia do poeta.
d) afetividade do poeta.
Leia a letra da canção e resolva a questão:
Coisinha do Pai
Beth Carvalho
O coisinha tão bonitinha do pai
O coisinha tão bonitinha do pai
O coisinha tão bonitinha do pai
A coisinha tão bonitinha do pai
Você vale ouro todo o meu tesouro
Tão formosa da cabeça aos pés
Vou lhe amando lhe adorando
Digo mais uma vez
Agradeço a Deus por que lhe fez
Charmosa é tão dengosa
Que só me deixa prosa
Tesouro é que vale ouro
Agradeço a Deus por que lhe fez
8. As palavras “coisinha” e “bonitinha” produzem efeito de
a) admiração.
b) afetividade.
c) ironia.
d) ênfase.
Leia e depois responda a questão:
Em prosa e verso…
Letícia Thompson
Vou cantar a vida
Em verso e prosa
Vou me vestir de rosas
E me fazer toda prosa
Pra conquistar teu coração.
Vou cantar a vida
Em prosa e verso
Vou vivê-la ao inverso
E me perfumar de jasmim
Leve e suave
Num banho quente e demorado
Pra te deixar enamorado,
‘Completamente apaixonado.
E proseando em canção
Vou te fazer serenata
Fugindo à tradição,
Te convidar pra dançar
E pra te impressionar
Serei toda contradição.
Serei assim, amor,
O verso da tua prosa
Nascendo em poesia
Um pouco mais cada dia,
Morrendo de amor por ti.
9. No verso: “E me fazer toda prosa”, a palavra “prosa” tem sentido de
a) conversa.
b) vaidade.
c) irregularidade.
d) proximidade.
Leia e resolva a questão:
O Capoeira
– Qué apanhá sordado?
– O quê?
– Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.
Oswald de Andrade
10. No verso “Qué apanhá?”, o ponto de interrogação tem efeito de
a) questionar.
b) apresentar.
c) convocar.
d) desafiar.
Leia e resolva a questão:
Vida de Sapo
O sapo cai num buraco e sai.
Mas noutro buraco cai.
O sapo cai num buraco e sai.
Mas noutro buraco cai.
É um buraco a vida do sapo.
A vida do sapo é um buraco.{
Buraco pra cá.
Buraco pra lá.
Tanto buraco enche o sapo.
José Paulo Paes
11. A repetição das palavras “cai”, “sai” e “buraco” reforçam o efeito de
a) aborrecimento.
b) rotina.
c) fraqueza.
d) solidão.
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