Atividade de língua portuguesa sobre o gênero causo para o 4º ano e 5º ano
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Observe a imagem e responda à questão:
1. A imagem faz uma referência aos causos de pescadores. Portanto, os “causos” narrados por pescadores muitas vezes são
a) divertidos e verdadeiros.
b) sérios e complicados.
c) exagerados e imaginativos.
d) dramáticos e confiáveis.
Leia o texto abaixo para responder às questões 2 – 7:
Tatu no anzol
Eu e meu cumpade combinamos de ir até a represa pegar uns piauzinho no final de semana. Na sexta-feira ele me liga e diz que tinha um amigo dele que queria muito ir pescar com a gente. Muito bem, sábado de manhã saímos os três ansiosos para a pescaria! Conversando com o amigo do meu cumpade, fiquei sabendo que ele não tinha a menor experiência em pescaria, mal tinha pescado uns lambarizinho no corguinho perto de casa. Fiquei contente: vou dar uma aula magna de pesca hoje!
Chegando na represa, peguei meu molinete, as iscas, a cevinha, ajeitei o material do novo amigo e fui pro meu canto. O cumpade foi pro outro lado e seu amigo ficou próximo. Assim que fiz o primeiro arremesso entrou uma bitela de uma piapara, linda de mais! Em seguida, sete piaus de bom tamanho, média de 2 kg cada. Enquanto isso, meu cumpade só fazendo os dublês, a cada um que eu fisgava ele gritava do outro lado:
– Mais um cumpade! Mais um!
E eu fisgava outro e mandava pra ele:
– Mais um cumpade! Mais um!
E isso foi o dia inteirinho! O novato, que não pegava nada coitado, ficou indignado… Então ele desistiu de ficar dando arremessos, armou o molinete e ficou pensando: “Caramba, eu tenho que arrumar alguma coisa pra não ficar fora dessa pescaria”.
Até que ele olhou pra trás, e viu um tatu correndo pela redondeza. Não deu outra, pensou: – Vou amarrar esse tatu na minha linha e jogar ele pra dentro d’água!
Correu atrás do bichinho exatos 10 minutos. Quando pegou o danado amarrou bem na linha e mandou pra dentro d’água. Começou então a puxar a vara e gritou:
– Gente! Peguei um! Peguei um! Ajuuuuuuuudaaaaaaa!
Eu e meu cumpade corremos pra ajudar!
– Alivia um cadinho a fricção! – Gritei.
E o “peixe” puxava que era uma beleza. Quando ele se aproximou da margem, estranhamos:
– Uai, que encrenca é essa?
O novato:
– Olha aí, é um tatu d’água rapaz. E dos grandes!
E eu virei pro meu cumpade:
– Cumpade, ocê que tá vendo, senão nem ia acreditar, mas semana passada peguei quatro desse e na isca artificial!!!(
Fonte: portal Pesca e Cia)
Atividades
2. O texto tem a finalidade de
a) descrever com precisão um acontecimento.
b) noticiar ao leitor os fatos ocorridos.
c) promover uma ideia de interesse público.
d) entreter o leitor com uma narrativa humorística.
3. O fato que desencadeou a história foi
a) a decisão da pescaria.
b) a ligação feita na sexta-feira.
c) a participação do amigo na pesca.
d) o tatu ter sido pescado pelo amigo.
4. Observe o trecho “- Gente! Peguei um! Peguei um! Ajuuuuuuuudaaaaaaa!” A palavra destacada provoca o efeito de
a) sussurro.
b) grito.
c) raiva.
d) lamento.
5. Diante dos diálogos observados no texto, é possível concluir que a linguagem utilizada pelos personagens foi
a) culta.
b) formal.
c) coloquial.
d) técnica.
6. No trecho: “Assim que fiz o primeiro arremesso entrou uma bitela de uma piapara…”, a palavra destacada indica que o peixe pescado foi
a) pequeno.
b) forte.
c) bonito.
d) grande.
7. O sentimento que levou o novato a correr atrás do tatu durante 10 minutos foi
a) a revolta.
b) a tristeza.
c) a satisfação.
d) a cobiça.
Leia o texto para responder às questões 8 – 12.
O velório
Aquele era o velório de Everaldino, uma rapaz moço vítima de uma congestão alimentar ocorrida depois de almoçar, num restaurante a quilo, um prato de 1 Kg e 200 g de bucho. Os amigos e parentes velaram-no em Feira de Santana. Já era tarde, pois passava das dez da noite quando chegou Arinelson, seu irmão e melhor amigo. Ele correu até o caixão, beijou a testa do irmão, abraçou sua mãe e seu pai, consolando-os Seu Nelson, pai do finado, não continha as lágrimas nem as lamentações.
– Ah meu filho! Por que não fui eu no lugar de seu irmão.
– Não fala isso pai! O lá de cima pode escutar.
Neste instante chegou ao velório Tobias, amigo das farras de Arinelsom e de Everaldino. Trazia numa sacola seis garrafas de cana e uma peça de mortadela inteira.
– Escutem todos. Durante toda vida o falecido nunca dispensou uma boa farra. Uma vez ele disse que gostaria que no seu velório, fizessem uma boa farra. Vamos ou não vamos fazer a vontade do “de cujus”? Poucos instantes depois o silêncio da capela virou vozerio e gargalhadas. Arrumaram uns copos e todo mundo entrou na pinga. Fatiaram o morto, digo, a mortadela, ligaram um radinho de pilha e o arrasta-pé estava formado.
Com o cansaço da vigília e completamente embriagados, um a um dos farristas foram adormecendo. O último a cair foi Nelson. Mais curtido pelos anos de cachaça, bebeu até a última gota. Porém antes de apagar ouviu uma estranha voz que parecia vir do outro mundo.
– Nelson, suas preces foram ouvidas.
E ele foi ao chão.
De manhã, na hora do enterro, Arinelson e Everaldino abraçavam sua mãe, enquanto ela recebia as condolências de viúva. Próximo ao túmulo dois amigos, Noé e Serafim, companheiros das farras do que partiu, cochichavam.
– Noé, eu podia jurar que ontem a noite estava velando o Everaldino e não o seu Nelson.
– Tu sabes que eu também! Mas quem está no caixão é seu Nelson. O Everaldino tá bem vivo.
– É melhor a gente calar a boca, se não vão pensar que nós bebemos demais ontem à noite.
8. De quem o desejo foi realizado?
a) Arinelson.
b) Everaldino.
c) Tobias
d) Nelson.
9. Releia o trecho: Uma vez ele disse que gostaria que no seu velório, fizessem uma boa farra. Vamos ou não vamos fazer a vontade do “de cujus“? A expressão destacada significa
a) cujo.
b) cajus.
c) defunto.
d) farra.
10. No trecho: “… se não vão pensar que nós bebemos demais ontem à noite.”, a palavra destacada estabelece ideia de
a) tempo.
b) modo.
c) intensidade.
d) afirmação.
11. O texto termina com um tom
a) irônico.
b) humorístico.
c) metafórico.
d) sarcástico.
12. Há uma opinião em
a) “Já era tarde, pois passava das dez da noite quando chegou Arinelson…”
b) “Trazia numa sacola seis garrafas de cana e uma peça de mortadela inteira.”
c) “Com o cansaço da vigília e completamente embriagados…”
d) “Noé e Serafim, companheiros das farras do que partiu, cochichavam.”
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