Atividade de Português - Crônica: A Praia - Rubem Braga - 8º Ano - 9º Ano - Com gabarito

Atividade de Português - Crônica: A Praia - Rubem Braga - 8º Ano - 9º Ano - Com gabarito

Atividade de interpretação de texto da crônica A Praia de Rubem Braga para o 8º ano e 9º ano.

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Leia a crônica e depois resolva às questões 1 - 12:

PRAIA

Rubem Braga
 
Crônica A praia Rubem Braga.


    Acordo cedo e vejo o mar se espreguiçando; o sol acabou de nascer. Vou para a praia; é bom chegar a esta hora em que a areia que o mar lavou ainda está limpinha, sem marca de nenhum pé. A manhã está nítida no ar leve; dou um mergulho e essa água salgada me faz bem, limpa de todas as coisas da noite.
    Era assim, pelas seis e meia, sete horas que a gente ia para a praia em Marataízes. Naquele tempo, diziam que era bom para a saúde; não sei se ainda dizem. Para mim, tem um sabor tão antigo e todo novo, essa praia bem de manhã. Para um lado e outro diviso apenas dois ou três vultos distantes. Por que não vem mais gente à praia? Muita gente, é claro, tem de estar na cidade cedo; mas há um número imenso de funcionários e pessoas de muitas profissões que nesta cidade onde se dorme tão cedo parece ter algum preconceito contra acordar cedo. Basta olhar qualquer edifício de Copacabana e Ipanema; às dez horas começam a se apagar as luzes, e meia hora depois da última sessão de cinema há edifícios inteiros completamente às escuras. O grosso da população ressona. provincianamente às onze horas. Mas para vir à praia todo mundo parece ter medo de ser provinciano.
    O leve calor do sol me reconforta. Chega uma senhora gorda com dois meninos e duas meninas. Senta-se no raso, e as duas crianças menores sobem pelos seus ombros e sua cabeça, chutam água e espuma, todos se riem na maior felicidade. Suas roupas de banho não são elegantes; devem ser como eu, gente do interior. Aparece depois um rapaz; mas é um atleta. Faz alguns minutos de ginástica, dá um mergulho, volta a fazer exercícios com a maior eficiência. Esse não é de nossa raça, os vagabundos matinais. Está ali a negócios: negócios de saúde ou atletismo, em todo caso, negócio.
    Eu, a senhora e as quatro crianças nos entendemos. Levo duas crianças um pouco mar a dentro, para receberem algumas lambadas de onda. Dão gritos, dão risadas, sentem medo, sentem coragem. Somos gente do interior e somos, seguramente, boa gente.

Rubem Braga

Publicado na Folha da Tarde, sábado, 13 de 
novembro de 1954.



1. O texto que você leu é uma crônica, isso se justifica porque ela apresenta uma linguagem simples e espontânea, como também:
a) narração de situações cotidianas sob uma ótica individual do autor.
b) linguagem poética e hiperbólica, demonstrando emoções coletivas.
c) informa sobre fatos históricos, mostrando dados importantes de Marataízes.
d) discorre sobre um tema e apresenta características subjetivas da praia.




2. Segundo o texto, o narrador-personagem:
a) costuma ir à praia de manhãzinha frequentemente com sua família.
b) acredita que a água salgada possibilita bem-estar para o corpo e para a mente.
c) assegura não haver pegadas na praia à noite porque as pessoas dormem cedo.
d) vai à praia muito cedo para praticar uma atividade esportiva matinal.

3. Assinale o trecho da crônica que releva uma inquietação do personagem:
a) “Muita gente, é claro, tem de estar na cidade cedo...” 
b) “Basta olhar qualquer edifício de Copacabana...”
c) “Por que não vem mais gente à praia?”
d) “A manhã está nítida no ar leve; dou um mergulho...”

4. A personificação é uma figura de linguagem que atribui sensações e sentimentos humanos a objetos inanimados ou seres irracionais. Desse modo, NÃO há uma personificação em:
a) “... vejo o mar se espreguiçando...”
b) “... o sol acabou de nascer.”
c) “O leve calor do sol me reconforta...”
d) “Levo duas crianças um pouco mar a dentro...”

5. Na crônica, o autor Rubem Braga recorre a uma linguagem familiar, cujo objetivo é aproximar o leitor dos fatos por ele apresentados. Assinale um trecho da crônica que mostra uma expressão pertencente a linguagem informal/coloquial:
a) “Dão gritos, dão risadas, sentem medo...”
b) “... devem ser como eu, gente do interior.”
c) “O grosso da população ressona.”
d) “Eu, a senhora e as quatro crianças nos entendemos.”

6. “Era assim, pelas seis e meia, sete horas que a gente ia para a praia em Marataízes. Naquele tempo, diziam que era bom para a saúde; não sei se ainda dizem. Para mim tem um sabor tão antigo e todo novo, essa praia bem de manhã.” Nesse trecho, é possível observar que o narrador-personagem transmite um sentimento de
a) ansiedade.
b) frustração.
c) aversão.
d) nostalgia.

7. Segundo o texto, o personagem acredita que as pessoas não vão à praia porque têm medo de:
a) serem confundidas de outras províncias.
b) serem consideradas ultrapassadas. 
c) que a praia não traga segurança e saúde.
d) serem chamadas de vagabundas. 




8. Por que o narrador acredita que a mulher com os dois meninos e as duas meninas são do interior assim como ele? E por que o rapaz que chega logo depois ele o considera de outra raça?
_________________________________________

9. No trecho: “Mas para vir à praia...”, a palavra grifada estabelece uma oposição com o que foi dito anteriormente pelo narrador, já que é uma conjunção:
a) explicativa.
b) condicional.
c) aditiva.
d) adversativa.

10. Para o narrador, ele, a mulher e as crianças são vagabundos matinais porque:
a) estão na praia sem nenhum compromisso, apenas para se sentir felizes.
b) não trabalham durante o dia, apenas vão observar à praia com frequência.
c) caminha pela praia sem um rumo determinado, perambulando sem objetivo.
d) se comportam como malandros, sem nenhuma responsabilidade com a vida.

11. No trecho: “Está ali a negócios: negócios de saúde ou atletismo...”, o uso dos dois pontos tem a finalidade de:
a) apresentar um discurso direto.
b) revelar uma citação de outra pessoa.
c) mostrar uma explicação de uma palavra.
d) iniciar uma síntese do que foi dito.

12. Há uma opinião no trecho:
a) “... a gente ia para a praia em Marataízes.”
b) “... e somos, seguramente, boa gente.”
c) “... às dez horas começam a se apagar as luzes...”
d) “Eu, a senhora e as quatro crianças nos entendemos.”



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GABARITO
1A / 2B / 3C / 4D / 5C / 6D / 7B / 8. Porque suas roupas de banho não são elegantes. Porque ele faz alguns minutos de ginástica, dá um mergulho, volta a fazer exercícios com a maior eficiência (É possível concluir que o rapaz estivesse com uma roupa apropriada para a prática de atividade física). / 9D / 10A / 11C / 12B

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18 Comentários

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  1. Alguém poderia me diz as respostas!!
    Por favor!!

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  2. Maravilhoso, usei até para uma avaliação de interpretação.

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  3. Gente me ajuda, qual o clímax da crônica?

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  4. Grata, usei para uma avalição.

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  5. ATIVIDADE maravilha, ajuda demais, obrigada

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  6. Atividades muito boa Obrigada.

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