Atividade de língua portuguesa de interpretação e compreensão de texto sobre a Crônica Conversinha Mineira de Fernando Sabino para o 8º ano, 9º ano e 1º ano do ensino médio com gabarito.
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Leia o texto abaixo para responder às questões 1 – 14:
Sugestão: Professor, você pode apresentar o vídeo dessa história aos alunos clicando aqui.
CONVERSINHA MINEIRA
– É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?
– Sei dizer não senhor: não tomo café.
– Você é dono do café, não sabe dizer?
– Ninguém tem reclamado dele não senhor.
– Então me dá café com leite, pão e manteiga.
– Café com leite só se for sem leite.
– Não tem leite?
– Hoje, não senhor.
– Por que hoje não?
– Porque hoje o leiteiro não veio.
– Ontem ele veio?
– Ontem não.
– Quando é que ele vem?
– Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes não vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem.
– Mas ali fora está escrito “Leiteria”!
– Ah, isso está, sim senhor.
– Quando é que tem leite?
– Quando o leiteiro vem.
– Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê?
– O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?
– Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite. Escuta uma coisa: como é que vai indo a política aqui na sua cidade?
– Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.
– E há quanto tempo o senhor mora aqui?
– Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.
– Já dava para saber como vai indo a situação, não acha?
– Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.
– Para que Partido?
– Para todos os Partidos, parece.
– Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui.
– Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que outro. Nessa mexida…
– E o Prefeito?
– Que é que tem o Prefeito?
– Que tal o Prefeito daqui?
– O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.
– Que é que falam dele?
– Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.
– Você, certamente, já tem candidato.
– Quem, eu? Estou esperando as plataformas.
– Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?
– Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí…
Fernando Sabino
1. Todo texto pertence a um determinado campo de atuação. Essa classificação textual é definida a partir da sua estrutura, sua finalidade e o seu ambiente de atuação. Assim sendo, qual o campo de atuação do texto “Conversinha mineira”?
a) Campo da vida cotidiana.
b) Campo da vida pública.
c) Campo artístico-literário.
d) Campo jornalístico / midiático.
2. Qual a finalidade principal do texto?
a) Narrar um acontecimento do cotidiano.
b) Informar como as pessoas do interior falam.
c) Provocar uma reflexão de interesse público.
d) Apresentar formação ética e moral ao leitor.
3. O texto acima foi escrito em 1962 e utiliza um registro de linguagem bastante próxima da oralidade, reproduzindo uma conversa banal. Nesse texto, é possível observar o autor relatando uma viagem bem-humorada do personagem às suas origens, na cidade de Belo Horizonte. Desse modo, o nível de linguagem predominante no texto éa) caipira.
b) técnica.
c) formal.
d) regional.
4. O conflito da narrativa surge na crônica devido ao fato de
a) o cliente demonstrar estresse nas perguntas.
b) o leite ter acabado exatamente naquele dia.
c) o dono estar alheio aos acontecimentos.
d) o visitante ser novo na cidade mineira.
5. Em: “Mas tem ali o retrato de um candidato…”, a palavra grifada estabelece relação de:
a) concessão.
b) explicação.
c) oposição.
d) causa.
6. O discurso é definido a partir da forma como as falas dos personagens são introduzidas numa narrativa. Observando a estrutura do texto “Conversinha mineira” de Fernando Sabino é possível identificar que o tipo de discurso é:
a) direto.
b) indireto.
c) indireto livre.
d) direito e indireto.
7. Sobre o texto, assinale a afirmativa FALSA:
a) Aquilo que chama a atenção no diálogo são as respostas estranhas do dono do estabelecimento.
b) O dono não se importa com a situação política do local e prefere não tomar uma posição.
c) Um dos personagens não possuía conhecimentos linguísticos suficientes para perceber o sentido da fala do outro.
d) O texto visa mostrar que os mineiros são pessoas que falam pouco e preferem não revelar suas opiniões.
8. Por que o cliente não ficou satisfeito quanto à resposta do dono do comércio sobre o café?
a) Porque ele não quis vender o café para ele.
b) Porque não tinha café para vender no comércio.
c) Porque o dono não soube explicar sobre o sabor do café.
d) Porque o café não possuía um sabor aprazível ao paladar.
9. O trecho abaixo onde é possível identificar uma certa frustração do cliente é:
a) “Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite.”
b) “Ninguém tem reclamado dele não senhor.”
c) “Só que no dia que devia vir em geral não vem.”
d) “E há quanto tempo o senhor mora aqui?”
10. O trecho abaixo cuja expressão grifada NÃO indica ideia de tempo está em:
a) “…falam de tudo quanto é Prefeito.”
b) “Às vezes vem, às vezes não vem.”
c) “Porque hoje o leiteiro não veio.”
d) “Quando é que tem leite?”
11. No trecho: “Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.”, o uso dos dois pontos foi utilizado para marcar
a) uma enumeração.
b) uma explicação.
c) uma citação.
d) uma narração.
12. Considere o trecho abaixo para responder à questão:
“- Aonde, ali? Ué, gente: penduraram isso aí…”
O uso das reticências no final foi empregado para:
a) evidenciar a certeza pela escolha de um político.
b) evidenciar o interesse do dono por questões políticas.
c) destacar a indiferença do dono em relação ao retrato.
d) mostrar que a conversa já estava chegando ao fim.
13. A palavra empregada pelo personagem agarantir em “Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.” é uma expressão da linguagem coloquial. Essa palavra poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por:a) registrar.
b) assegurar.
c) ressaltar.
d) reforçar.
14. Em: “É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?”, a vírgula foi usada para separar o
a) vocativo.
b) aposto.
c) sujeito.
d) predicado.
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