Nesta publicação, o site Tudo Sala de Aula apresenta uma excelente atividade de interpretação e compreensão da crônica “A Velha Contrabandista” de Stanislaw Ponte Preta com gabarito, preparada especialmente para os alunos do 6º e 7º ano. Através desta atividade, os estudantes aprimorarão habilidades em leitura, escrita, interpretação de texto, análise de contexto e compreensão oral, além de serem introduzidos aos elementos presentes em uma narrativa. Aproveite esta atividade como oportunidade de desenvolvimento em diversas habilidades da BNCC.
Planejamento para o professor
Objeto do conhecimento: Interpretação textual.
Habilidade da BNCC: (EF06LP07) Localizar e hierarquizar informações em textos. (EF06LP09) Inferir informações em textos. (EF07LP07) Localizar, em texto, informação explícita relativa à descrição de determinado processo, objeto, fato, lugar ou pessoa.
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Leia o texto e resolva as questões 1 – 16.
A VELHINHA CONTRABANDISTA
Crônica de Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia, ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar.
A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela: – Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco? A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu: – É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai!
O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi aí que o fiscal se chateou: – Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista. – Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha.
E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: – Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias? – O senhor promete que não espáia? – quis saber a velhinha. – Juro – respondeu o fiscal. – É lambreta!
https://www.imparcial.com.br/noticias/a-velhinha-contrabandista-cronica-de-stanislaw-ponte-preta-homenagem,39864
Atividades
1. O texto “A Velhinha Contrabandista” é uma crônica escrita por Stanislaw Ponte Preta. Trata-se de um texto curto que apresenta uma situação inusitada envolvendo uma velhinha que passa diariamente pela alfândega em sua lambreta. A partir dessas informações e dos elementos verbais presentes no texto, escreva as informações pedidas abaixo.
a) Tipologia do texto (expositiva, injuntiva, descritiva, narrativa ou argumentativa).
b) Foco narrativo (primeira ou terceira pessoa).
c) Tipos de narrador (personagem ou observador).
d) Escreva um trecho do texto que comprova o tipo de narrador.
e) Personagem protagonista.
f) Espaço.
g) Tempo (cronológico ou psicológico).
2. O conflito da história começa quando
a) a velhinha finalmente aprendeu andar de lambreta.
b) o pessoal da alfândega começou a desconfiar da velhinha.
c) a velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam na boca.
d) a velhinha parou na alfândega e o fiscal fez uma pergunta para ela.
3. Qual a finalidade do texto “A Velhinha Contrabandista”?
a) Entreter o leitor por meio de uma história divertida e humorística.
b) Criticar a burocracia e a desconfiança excessiva das instituições.
c) Refletir sobre a ética e a moralidade envolvidas em situações sociais.
d) Promover a figura da velhinha como uma personagem astuta e carismática.
4. Sobre o texto, qual inferência pode ser feita sobre o fiscal da alfândega?
a) É um personagem ingênuo que costuma ser facilmente enganado.
b) Possui anos de experiência em identificar diferentes contrabandos.
c) Tem uma relação de amizade com a velhinha contrabandista.
d) Sentiu-se ameaçado pela presença da velhinha na lambreta.
5. Qual o truque utilizado pela velhinha para enganar os fiscais da alfândega?
a) Utilizava o saco de areia para esconder a lambreta.
b) Ela se fazia de inocente e os fiscais imaginavam que o saco de areia era uma mania que ela tinha.
c) O saco de areia era um artifício para ganhar tempo e fugir com a lambreta.
d) Ela passava com o saco de areia para desviar a atenção dos fiscais.
6. Segundo o texto, o que levou o fiscal a propor um acordo com a velhinha?
a) Porque ele acreditava que ela era uma contrabandista.
b) Porque ele queria confiscar o saco de areia.
c) Porque ele tinha interesse em adquirir uma recompensa.
d) Porque ele estava cansado de interceptá-la diariamente.
7. O discurso é a forma como as falas dos personagens são introduzidas numa narração. Assim sendo, qual o trecho abaixo que marca um discurso direto?
a) “A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela”
b) “Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar”
c) “A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam”
d) “Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia”
8. Assinale a alternativa que contém um trecho do texto no discurso indireto.
a) “No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar”
b) “Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo”
c) “Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai!”
d) “qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
9. Quais elementos de humor são utilizados pelo autor ao retratar a personagem principal?
10. Identifique os substantivos no texto que são caracterizados pelos seguintes adjetivos.
a) bruto ______________________________
b) velho ______________________________
c) encabulado ________________________
d) maldito ____________________________
e) contrabandista _____________________
11. Em: “Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai!”, qual a classe gramatical da expressão em destaque?
a) Substantivo.
b) Pronome.
c) Adjetivo.
d) Interjeição
12. A linguagem coloquial ou informal é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Desse modo, qual trecho abaixo não há marcas dessa linguagem?
a) “O senhor promete que não espáia?”
b) “A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco”
c) “O pessoal da alfândega – tudo malandro velho”
d) “então o fiscal perguntou assim pra ela”
13. Identifique a que os termos grifados estão se referindo.
a) “Ninguém me tira da cabeça”
b) “passando por aqui todos os dias?”
c) “dentro daquele maldito saco”
d) “o que ela levava no saco era areia”
e) “que lhe restavam e mais os outros”
14. Localize no texto uma palavra que significa:
a) analisou: ____________
b) entendo: ____________
c) suspeitar: ___________
d) ofício: ______________
e) asseguro: ___________
15. Qual é a sua opinião sobre a atitude da velhinha contrabandista? Você acha que ela é uma personagem admirável ou condenável? Justifique sua resposta.
16. O final da crônica surpreendeu você? Por quê?
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Por Maurício Araújo
Licenciado em Língua Portuguesa, com especialização em Marketing e Mídias Digitais e em Gramática de Revisão Textual.
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