O site Tudo Sala de Aula preparou um excelente simulado (19) de língua portuguesa envolvendo diversas habilidades do SAEB para os estudantes do 8º e 9º ano.
Quando meu neto tinha 4 anos ganhou um peixe de presente. Ele decidiu alimentá-lo todos os dias e me pediu que conservasse o aquário limpo. Certo dia, eu o vi segurando o pacote de ração enquanto olhava o peixe, cuja boca estava quase encostando na superfície da água. Quando perguntei porque ele não dava comida ao bichinho, ele respondeu:
– Eu estou esperando ele acabar de beber água!
Tradução simultânea
Sou professor de inglês em Taiwan e tenho uma colaboradora chinesa que traduz quando os alunos não entendem o que digo. No início de cada semestre, conto piadas para que os calouros se sintam à vontade. Para saber se entendiam bem, perguntei à minha colaboradora se traduzia palavra por palavra, ou apenas o sentido geral.
– Bem, na verdade, não entendo suas piadas – respondeu ela –, então peço aos alunos que riam.
As serpentes que roubaram a noite e outros mitos, de Daniel Munduruku
Daniel Munduruku tem mais de 40 livros publicados e foi o primeiro indígena a escrever livros com histórias do seu povo para as crianças. Nascido na Aldeia Maracanã, no Pará, ele reconta histórias que ouvia quando criança. As serpentes que roubaram a noite e outros mitos fala sobre mitos de origem narrados por anciãos do povo Munduruku. A vida na aldeia e a questão da memória são pontos importantes na obra.
Sinopse: Ilustrado pelas crianças da aldeia Katõ, este livro traz mitos contados pelos velhos da aldeia – histórias que nos remetem a um tempo muito distante de nossos dias e que são contadas e recontadas às crianças indígenas como forma de despertar nelas o amor pela própria história e pelas lutas de seu povo. Tocam o fundo do coração e são uma excelente oportunidade de integração com o universo infanto-juvenil indígena e seus valores.
Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer?
Pois saiba que, além de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, sejam familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu estou falando).
O burro selvagem e o burro doméstico
Um burro selvagem, como visse um burro doméstico tomando sol, aproximou-se e o felicitou por sua constituição física e pelo proveito que tirava da forragem. Mas depois, ao vê-lo carregando um fardo, tendo atrás o asneiro que lhe batia com um cacete, disse: “Ah! Não mais te felicito, pois vejo que tens coisas em abundância, mas não sem grandes males!”.
Assim, não é invejável o ganho acompanhado de perigos esofrimentos.
Os livros e suas vozes
Sempre gostei muito de livros e, além dos livros escolares, li os de histórias infantis, e os de adultos: mas estes não me pareciam tão interessantes, a não ser, talvez, Os Três Mosqueteiros, numa edição monumental, muito ilustrada, que fora do meu avô. Aquilo era uma história que não acabava nunca; e acho que esse era o seu principal encanto para mim. Descobri o dicionário, uma das invenções mais simples e formidáveis e também achei que era um livro maravilhoso, por muitas razões. (...) quando eu ainda não sabia ler, brincava com os livros e imaginava-os cheios de vozes, contando o mundo.