O site Tudo Sala de Aula preparou um excelente simulado (25) de língua portuguesa envolvendo diversas habilidades do SAEB para os estudantes do 8º e 9º ano.
Você pode baixar este simulado em PDF no final, pronto para impressão.
1. Leia o texto abaixo.
A pipa e a flor
Era uma vez uma pipa de cara risonha que ficou enfeitiçada por uma florzinha maravilhosa. Não conseguindo mais viver sem ela, deu sua linha para a flor segurar. A flor, então, soltou a linha para a pipa voar bem alto. Mas a flor, aqui de baixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse ficando triste.
Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto, e ela tivesse de ficar plantada no chão. E teve inveja da pipa. Tinha raiva ao ver a felicidade da pipa, longe dela… Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si.
E a flor, sozinha, deixada de fora. Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima longe de mim. Ficaria o tempo todo comigo…
E a inveja juntou-se ao ciúme. Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm, e nós não. Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.
E a flor começou a ficar malvada. Ficava emburrada quando a pipa chegava.
Exigia explicação de tudo.
E a pipa começou a ter medo de ficar feliz, pois sabia que isto faria a flor sofrer. E a flor foi aos poucos, encurtando a linha. A pipa não mais podia voar. Via, ali do baixinho, de sobre o quintal (esta era toda a distância que a flor lhe permitia voar) as outras pipas, lá de cima… E sua boca foi ficando triste.
E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início.
Rubem Alves
O trecho que traz a opinião da florzinha sobre o amor da pipa é
a) “Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima longe de mim”. (l. 08 E 09)
b) “E a flor começava a ficar malvada. Ficava emburrada quando a pipa chegava”. (l. 13)
c) “E a pipa começou a ter medo de ficar feliz, pois isto faria a flor sofrer”. (l. 15)
d) “E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início”. (l. 19)
2. Leia o artigo.
O texto como placebo
Autoajuda encerra uma lição que vale para a ciência: O paciente precisa do amparo das palavras por Moacyr Scliar
A palavra placebo (do latim agradarei) refere-se a uma substância ou um procedimento que, teoricamente, não faria efeito sobre o organismo, mas que acaba tendo resultados terapêuticos, pela crença que uma pessoa deposita nela. Pergunta: é o texto um placebo?
No caso da ficção, pode-se dizer que sim. É algo que resulta da imaginação de um escritor, de um cineasta, de um dramaturgo; mas, quando agrada o espectador ou o leitor, exerce um efeito que poderíamos chamar de terapêutico. A ficção ajuda a viver. E isso inclui uma melhora da saúde – pelo menos do ponto de vista psicológico.
Para muitas pessoas a leitura é um amparo, um consolo, uma terapia. Daí nasceu inclusive um gênero de livros que se tornou popular: as obras de autoajuda.
Diferentemente da ficção, elas aconselham o leitor acerca de problemas específicos: luto, controle do stress, divórcio, depressão, ansiedade, relaxamento, autoestima, e até a felicidade. Esse tipo de leitura faz um enorme sucesso; não há livraria que não tenha uma seção destinada especialmente à autoajuda.
Mente e Cérebro
(SAEPE) No texto, o autor defende que os livros de autoajuda são placebos porque
a) não há livraria que não tenha uma seção destinada a eles.
b) tornaram-se populares nas livrarias especializadas no assunto.
c) levam à melhora de saúde da pessoa, pois resultam da imaginação de um escritor, de um cineasta, de um dramaturgo.
d) promovem o bem-estar da pessoa quando aconselham, por exemplo, sobre problemas, como o controle do estresse, da depressão, da ansiedade.
3. Leia o texto
CIDADANIA, DIREITO DE TER DIREITOS
Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. […] Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à coisa pública. […] Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar.
DIMENSTEIN, Gilberto
O trecho que indica uma opinião em relação à cidadania é
O trecho que indica uma opinião em relação à cidadania é
a) “[…] é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la.
b) “[…] Há detalhes que parecem insignificantes […]”.
c) “[…] Por trás desse comportamento está o respeito a coisa pública”.
d) “[…] Foi uma conquista dura[…]”.
4. Leia o texto.
(PROVA BRASIL) No último quadrinho, a expressão “Bah!” revela que a menina ficou
a) aborrecida.
b) desolada.
c) enojada.
d) indiferente.
5. Leia o texto.
Internetês: modismo ou real influência sobre a escrita?
[…] Nosso estudo investe neste último questionamento, por trabalharmos com a hipótese de que os usuários do Orkut sabem adequar-se ao contexto e ao ambiente em que praticam o exercício da escrita de forma que não prejudica nem a norma culta, nem o desempenho escolar.
Sobre isso, Caiado (2007) acredita que o internetês afeta os adolescentes que ainda não têm total domínio sobre a língua padrão.
Assim como Komesu (2005) que também acredita que em parte o internetês impede o aluno do reconhecimento das normas aprendidas na escola. […]
Contudo, Araújo (2007) e Xavier (2005) não apontam consequências negativas no que se refere à aprendizagem da escrita ideal, pois consideram o internetês como uma modificação das línguas naturais. Acreditam que os alunos conseguem adequar-se à escrita dos gêneros sem prejudicar a aprendizagem das normas gramaticais […].
ALMEIDA, Anna Larissa
(SPAECE) No trecho: “Contudo, Araújo (2007) e Xavier (2005)…”, o termo destacado estabelece, com o parágrafo anterior, uma relação de
a) adição.
b) conclusão.
c) consequência.
d) oposição.
6. Leia o texto abaixo.
21 anos com programação online de debates
Público também é convidado a relembrar, nas redes sociais do centro de arte e cultura, momentos marcantes ao longo das últimas duas décadas
No último dia 28 de abril de 1999, foi inaugurado o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) e com ele uma nova forma de pensar e fazer cultura no Ceará.
Ao longo desses 21 anos, além de um dos principais cartões-postais da Capital cearense, o Dragão se consolidou como um dos mais importantes espaços dedicados ao 05 fomento e à difusão da arte e da cultura no estado.
Atualmente fechado para evitar a disseminação do novo coronavírus, o CDMAC segue promovendo conteúdos de arte e cultura nas redes sociais. Em comemoração ao aniversário, lançou, ontem, campanha online para o resgate de memórias, a partir de depoimentos de artistas, gestores, produtores culturais e do público que já passou pelo 10 Dragão, bem como realiza uma programação online com debates, videoaula e show.
O fragmento que traz a informação principal do texto é
a) “Atualmente fechado para evitar a disseminação do novo coronavírus, o CDMAC segue promovendo conteúdos de arte e cultura nas redes sociais”. (linhas 06 e 07)
b) “Em comemoração ao aniversário, lançou, ontem, campanha online para o resgate de memórias[…]”. (linhas 07 e 08)
c) “No último dia 28 de abril de 1999, foi inaugurado o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC)[…]” (linha 01)
d) “[…] o Dragão se consolidou como um dos mais importantes espaços dedicados ao fomento e à difusão da arte e da cultura no estado”. (linhas 04 a 05)
7. Leia o texto.
As duas mãos
Quando começaram a surgir foram como duas pequenas folhas de cactos. Uma em cada punho. Levei tempos até descobrir que eram duas mãos que nasciam. Permaneci dias e dias observando o crescimento das duas mãos extras. Podia movimentá-las à vontade.
Eram delicadas como de crianças e, no início, machucavam-se com facilidade. Batiam nas portas quando eu utilizava as mais velhas para girar chaves e maçanetas. Feriam-se nas paredes, nas torneiras e nas gavetas. Algumas vezes levei pancadas no queixo quando me distraí ao comer. Mas essa fase passou e veio o reflexo que me fazia acrescentar espaço para elas.
Com o tempo tornaram-se fortes e hábeis como suas irmãs mais antigas. Mas não prestaram serviços. Permaneceram inúteis à espera de uma oportunidade que não veio.
Um dia fui a um hospital e operei minhas mãos novas. Hoje sou novamente um homem de duas mãos, e, no entanto, quando olho os punhos, sinto-me aleijado.
FRANÇA JÚNIOR
(SAERO) O trecho desse texto que expressa uma opinião é:
a) “Quando começaram a surgir foram como duas pequenas folhas de cactos.”.
b) “Eram delicadas como de crianças e, no início, machucavam-se com facilidade.”.
c) “Levei tempos até descobrir que eram duas mãos que nasciam.”.
d) “Hoje sou novamente um homem de duas mãos,…”.
8. Leia o texto.
Cinco equívocos muito comuns quando falamos sobre questões indígenas:
1.O índio genérico
2.Culturas atrasadas
3. Culturas congeladas
4. Os índios fazem parte do passado
5. O brasileiro não é índio
https://respeitarepreciso.org.br
O objetivo do texto é:
a) fazer campanha sobre indígenas brasileiros.
b) informar sobre as compreensões erradas a respeito dos indígenas.
c) destacar informações corretas sobre a forma de ver os indígenas.
d) contar a história da questão indígena brasileira.
9. Leia o texto.
Uma tropa de kamikazes do bem
180 técnicos voltam à usina
FUKUSHIMA, Japão. Eles eram 50, foram removidos às pressas e ontem voltaram num grupo ainda maior, 180, ao que pode ser considerado um dos lugares mais perigosos do planeta: o complexo nuclear de Fukushima I. Enquanto o mundo tenta desvendar a identidade dos bravos técnicos da Tokyo Eletric Power Company (Tepco), o grupo enfrenta os riscos de explosões, incêndios e, sobretudo, a letal exposição prolongada à radiação para tentar resfriar os reatores avariados. Desafiando a morte, sua coragem lembra a dos kamikazes: os pilotos japoneses suicidas que, na Segunda Guerra, arremessavam suas aeronaves contra navios inimigos, numa tentativa de salvar o Japão da invasão.
(SAEP) O que justifica o título do texto acima é
a) a ação de japoneses suicidas que arremessavam suas aeronaves contra os navios inimigos.
b) a diferença da finalidade do sacrifício entre os japoneses de hoje e da Segunda Guerra.
d) o fato de ainda existirem kamikazes que praticam o mal.
d) o anonimato dos japoneses que se sacrificam em prol de outras pessoas.
10. Leia o texto a seguir.
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
— Respire.
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino
.
https://www.culturagenial.com/poemasmemoraveis-manuel-bandeira
O que gerou a narrativa foi
a) o médico consultar um paciente.
b) o estado de saúde de um paciente terminal.
c) o paciente ter comprometimento nos pulmões.
d) o médico receitar que o paciente dance um tango.
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Redação Tudo Sala de Aula
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