Simulado de Português: D13 Identificar as marcas linguísticas - 8º e 9º ano

Simulado de Português: D13 Identificar as marcas linguísticas - 8º e 9º ano

Nosso site preparou 12 questões que visam desenvolver a habilidade (Descritor 13 - Saeb): "Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.). " Venha conhecer, baixe e aplique com seus estudantes este simulado para fortalecer as capacidades linguísticas necessárias para formar um bom leitor.

Você pode baixar este simulado em PDF no final, pronto para impressão.

Simulado descritor 13 língua portuguesa 

Leia o texto a seguir.

Pressa

Só tenho tempo pras manchetes no metrô
E o que acontece na novela alguém me conta no corredor. Escolho os filmes que eu não vejo no elevador.
Pelas estrelas que eu encontro na crítica do leitor
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa.
Mas nada tanto assim.
Eu me concentro em apostilas coisa tão normal
Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial conheço quase o mundo inteiro por cartão-postal
Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa
mas nada tanto assim.


Bruno & Leoni Fortunato. Greatest Hits’80. WEA.

1. É possível identificar a presença da linguagem 
informal no trecho
a) “E o que acontece na novela/alguém me conta no corredor”.
b) “Escolho os filmes que eu não/vejo no elevador”.
c) “Leio os roteiros de viagem/enquanto rola o comercial”.
d) “Conheço quase o mundo inteiro/por cartão-postal”.

Observe a imagem abaixo.



Roberto Krol.

2. A fala do homem causa estranhamento ao outro surfista
a) devido ao uso excessivo de palavras estrangeiras.
b) pelo uso da linguagem formal, inadequada à situação.
c) por conta de sua maneira grosseira e indelicada de falar.
d) por ser uma linguagem informal, cheia de gírias.

Leia o texto a seguir.

Lorelai:

Era tão bom quando eu morava lá na roça. A casa tinha um quintal com milhões de coisas, tinha até um galinheiro. Eu conversava com tudo quanto era galinha, cachorro, gato, lagartixa, eu conversava com tanta gente que você nem imagina, Lorelai. Tinha árvore para subir, rio passando no fundo, tinha cada esconderijo tão bom que a gente podia ficar escondida a vida toda que ninguém achava. Meu pai e minha mãe viviam rindo, andavam de mão dada, era uma coisa muito legal da gente ver. Agora, tá tudo diferente: eles vivem de cara fechada, brigam à toa, discutem por qualquer coisa. E depois, toca todo mundo a ficar emburrando. Outro dia eu perguntei: o que é que tá acontecendo que toda hora tem briga? Sabe o que é que eles falaram? Que não era assunto para criança. E o pior é que esse negócio de emburramento em casa me dá uma aflição danada. Eu queria tanto achar um jeito de não dar mais bola pra briga e pra cara amarrada. Será que você não acha um jeito pra mim?

Um beijo da Raquel. [...]


NUNES, Lygia Bojunga. A Bolsa Amarela – 31ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1998

3. O texto acima foi escrito em linguagem informal, como pode ser comprovado pelo uso da palavra
a) aflição.                               
b) emburramento 
c) esconderijo.              
d) galinheiro



 
Leia o texto abaixo.

Poema

Oh! Aquele menininho que dizia
“Fessora, eu posso ir lá fora?”
Mas apenas ficava um momento
Bebendo o vento azul...
Agora não preciso pedir licença a ninguém.
Mesmo porque não existe paisagem lá fora:
Somente cimento.
O vento não mais me fareja a face como um cão amigo...
Mas o azul irreversível persiste em meus olhos.


QUINTANA, Mário.

4. (TSA) A palavra “Fessora” é um exemplo de linguagem:
a) culta.
b) científica.
c) informal.
d) padrão.

Leia os textos. 

TEXTO I

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904

Meu caro Nabuco,
Tão longe, em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e você expressou logo a sua simpatia por um telegrama. Foi-se a melhor parte da minha vida, e aqui estou só no mundo. Aqui me fico, por ora na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo me lembra a minha meiga Carolina. Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la. Irei vê-la, ela me esperará. Não posso, meu caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a dias depois do falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas posso falar deste fundo golpe. Aceite este abraço do triste amigo velho.

Machado de Assis

TEXTO II

 
 
Fonte: SOARES, N. Falecimento. 12 de out. 2019.

5. A principal variação linguística que diferencia os textos I e II é a variação
a) geográfica, pois cada texto apresenta uma forma regional da Língua Portuguesa, mostrando que os autores são de lugares diferentes do Brasil.
b) histórica, pois os textos apresentam formas antigas e atuais da Língua Portuguesa.
c) situacional, pois os textos apresentam situações comunicativas diferentes, nas quais os interlocutores não têm o mesmo grau de proximidade.
d) social, pois cada foi escrito por pessoas de classes sociais diferentes.

6. Em relação à variedade linguística, é possível afirmar que o texto utiliza a linguagem
a) artificial, própria dos meios de comunicação digital.
b) formal, adequada ao conteúdo da mensagem.
c) informal, apropriada ao contexto comunicativo no qual foi produzido.
d) regional, típica do ambiente no qual foi produzido.




Leia a tinha a seguir e responda à questão.

 

7. A expressão “Me disseram”, no início do terceiro quadrinho, é um exemplo de linguagem
a) formal.
b) regional.
c) informal.
d) padrão.

Leia e resolva.

MIAU, MIAU, MIAU

     Contaram-me esta fábula moderna, que achei "pra lá de ótima". Com a devida licença, conto para vocês. Mas vou logo explicando que o amigo que me contou essa história, não se lembra quem lhe contou, e que não inventei nada, vou escrevê-la da maneira que ouvi.
     O ratinho na toca e do lado de fora o gato:
     — Miau, miau, miau...
     O tempo passava e do lado de fora o gato continuava:
     — Miau, miau, miau...
     Depois de passadas muitas horas e já com muita fome o rato ouviu:
     — Au! Au! Au!
     Então deduziu: "Se tem cachorro lá fora, o gato foi embora". Mal terminou sua dedução, saiu disparado em busca de comida.
     Nem bem saiu da toca, o gato, Crau!
     Inconformado, já na boca do gato, perguntou:
     — Pô gato! Que sacanagem e essa????
    E o gato respondeu:
   — Meu filho, hoje, nesse mundo "globalizado", quem não fala, pelo menos, dois idiomas... morre de fome.
Ricardo Sérgio


Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/fabulas/4323748

8. Na expressão: “— Pô gato! Que sacanagem e essa????”, há uma linguagem
a) regional.
b) com gíria.
c) com jargão.
d) caipira.

Leia e responda:

 

9. Na fala de Armandinho “...por que você trouxe isso pra casa?”, a palavra grifada é um exemplo de linguagem
a) coloquial.
b) caipira.
c) regional.
d) formal.




10. Leia e responda.

 

A palavra “sextouuu” pertence à linguagem:
a) culta.
b) informal.
c) padrão.
d) histórica.

Leia o trecho da canção “Anunciação” de Alceu Valença e responda à questão.

Na bruma leve das paixões
Que vêm de dentro
Tu vens chegando
Pra brincar no meu quintal
No teu cavalo
Peito nu, cabelo ao vento
E o sol quarando
Nossas roupas no varal [...]

Composição: Alceu Valença

11. Que tipo de linguagem é empregada no verso: "Pra brincar no meu quintal"?
a) Linguagem caipira.
b) Linguagem técnica.
c) Linguagem culta.
d) Linguagem informal.

Leia o texto a seguir.


12. Sobre as gírias, um tipo de variação linguística presente na Língua Portuguesa, é correto afirmar que
a) é um processo linguístico que só ocorre em determinadas regiões do país.
b) é utilizada somente por pessoas sem escolaridade.
c) são expressões que podem ser usadas em qualquer contexto comunicativo.
d) são expressões utilizadas nas relações informais entre os falantes.


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