Simulado de Português - D18: Reconhecer efeito de sentido de palavra ou expressão - 8º e 9º ano

Simulado de Português - D18: Reconhecer efeito de sentido de palavra ou expressão - 8º e 9º ano

Nosso site preparou 12 questões que visam desenvolver a habilidade (Descritor 18 Saeb): "Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.)" Venha conhecer, baixe e aplique com seus estudantes este simulado para fortalecer as capacidades linguísticas necessárias para formar um bom leitor.

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simulado D18 língua portuguesa


Leia um trecho do poema Congresso Internacional do Medo de Carlos Drummond de Andrade para resolver à questão:

"Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.”

1. O poeta, no último verso, atribuiu ao medo a figura de um pai, transformando-o em um companheiro. Assim sendo, nesse verso, é possível notar a figura de linguagem chamada
a) hipérbole.
b) metonímia.
c) personificação.
d) comparação.

Leia o texto abaixo.

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL

     As informações da desigualdade no Brasil são de arrepiar. Escolha qualquer indicador, mulheres e negros estão sempre abaixo de homens e brancos. No país, a renda do 1% mais rico é igual à dos 99% restantes. E ricos ficam cada vez mais ricos e pobres mais pobres.
No mundo, há 62 indivíduos com renda somada de US$ 1,7 trilhão, igual ao que ganham os 50% mais pobres do planeta. Mas nós, brasileiros, somos campeões mundiais em desigualdade.
     O pior é que a maioria dos pobres no Brasil vive na periferia das cidades. Sonha com melhor emprego, transporte, segurança, saúde e educação. Mas sofre as mazelas do dia a dia. Quem mora na Restinga gasta três horas para ir e voltar do trabalho.
     É claro que só sairemos do buraco se enfrentarmos a crise da Previdência, as distorções nas relações de trabalho e se tornarmos a economia mais competitiva. Mas, sem políticas que promovam melhor distribuição de renda e serviços públicos de melhor qualidade, o Brasil nunca avançará. É preciso cuidar dos mais vulneráveis. E isso exige patriotismo. Olhar menos para o próprio umbigo. Aceitar perder privilégios. É a única forma através da qual filhos de quaisquer brasileiros, sobretudo os mais pobres, poderão se tornar, um dia, profissionais mais competitivos. O Brasil está ruim até para os ricos. Muitos mantêm seus negócios aqui, mas a família já foi embora, para fugir da violência. Imagine a vida de quem não tem alternativa a não ser ficar.


Gilberto Schwartsmann. (Médico e professor)


2. A expressão “Olhar menos para o próprio umbigo” significa:
a) mostrar a necessidade da persistência.
b) destacar os problemas das outras pessoas.
c) evitar excessiva importância para si mesmo.
d) ressaltar a necessidade de notar a si próprio.

Leia o texto.

Sinal

Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem? 
Tudo bem, eu vou indo, correndo 
Pegar meu lugar no futuro, e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca 
De um sono tranquilo, quem sabe? 
Quanto tempo, pois é, quanto tempo
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Qual, não tem de que
Eu também só ando a cem 
Quando é que você telefona? 
Precisamos nos ver por aí 
Pra semana, prometo, talvez
Nos vejamos, quem sabe
Quanto tempo, pois é, quanto tempo 
Tanta coisa que eu tinha a dizer 
Mas eu sumi na poeira das ruas [...]
Paulinho da Viola.


3. Na expressão, “...só ando a cem” o autor quis dizer que anda com
a) bastante pressa, correndo.
b) muito cuidado, bem devagar.
c) muito medo e preocupado.
d) toda tranquilidade, despreocupado.




Leia o texto a seguir.

“Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla 
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome 
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará”.


Patativa do Assaré

4. Quando escreveu “Sou cabra da Peste”, o autor quis dizer que o nordestino é
a) amigável.
b) briguento.
c) destemido.
d) preguiçoso.

Leia o texto a seguir.

As Amazônias

Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região, não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.


SALDANHA, P. As Amazônias. 

5. No texto, o uso da expressão “É mata que não tem mais fim” revela
a) admiração pelo tamanho da mata.
b) desânimo pela riqueza da região.
c) medo da extensão da mata.
d) surpresa pela variedade da fauna.

Leia o texto.


6. As expressões do texto “mucumbu”, “meio das pazes” e “titela” são empregadas no texto com o objetivo de
a) trazer clareza para o médico durante a consulta.
b) expor os sintomas do paciente conforme o dicionário.
c) mostrar o regionalismo através do vocabulário.
d) fazer uma brincadeira com o médico na comunicação.




Leia o texto.

Letras

Se um dia nós se gostasse
Se um dia nós se querem-se
Se nos dois se empareasse
Se juntin nós dois vivesse
Se juntin nós dois morasse
Se juntin nós dois durmisse
Se juntin nós dois morresse
Se pro céu nos assubisse

Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse te dizer qualquer tolisse
E se eu me arriminasse
E tu com eu insistisse pra que eu me aresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Talvez que nos dois ficasse
Talvez que nos dois caísse
E o céu furado arriasse e as virgem todas fugisse


7. A expressão “empareasse” possui sentido de
a)  gostar.
b)  abraçar.
c)  casar.
d)  respeitar.

Leia o texto abaixo.

De acordo com o filósofo Platão, a associação entre saúde física e mental seria imprescindível para a manutenção da integridade humana. Nesse contexto, elucida-se a necessidade de maior atenção ao aspecto psicológico, o qual, além de estar suscetível a doenças, também é alvo de estigmatização na sociedade brasileira. Tal discriminação é configurada a partir da carência informacional concatenada à idealização da vida nas redes sociais, o que gera a falta de suporte aos necessitados. Isso mostra que esse revés deve ser solucionado urgentemente.
Sob essa análise, é necessário salientar que fatores relevantes são combinados na estruturação dessa problemática. Dentre eles, destaca-se a ausência de informações precisas e contundentes a respeito das doenças mentais, as quais, muitas vezes, são tratadas com descaso e desrespeito. Essa falta de subsídio informacional é grave, visto que impede que uma grande parcela da população brasileira conheça a seriedade das patologias psicológicas
[...]

Raíssa Picolli Fontoura

8. No trecho: “Essa falta de subsídio informacional é grave, visto que impede...”, a expressão grifada estabelece relação de:
a) consequência.
b) conformidade.
c) oposição.
d) causa.

Leia o texto abaixo.

“A seca fez eu desertar da minha terra 
Mas felizmente Deus agora se alembrou 
De mandar chuva 
Pr'esse sertão sofredor 
Sertão das muié séria 
Dos homes trabaiador”


Luiz Gonzaga e Zé Dantas

9. Com que sentido a palavra sofredor foi utilizada nesta estrofe?
a) De medo e angústia pela falta de sustento.
b) De crueldade da seca.
c) De lamentação do sertanejo.
d) De tristeza pelo excesso de trabalho no sertão.




Leia o texto abaixo.

A POMBA E A FORMIGA

    Uma pomba branca bebia água no riacho quando, de repente, ouviu uma vozinha muito fraca:
    – Socorro, socorro, estou me afogando!
    Era uma formiga, que a correnteza forte arrastava. A pomba branca ficou penalizada. “Coitadinha da formiga”, pensou. “Como poderei ajudá-la?” Arrancou com o bico uma graminha e a jogou na água. A formiga subiu no barco e alcançou a outra margem.
    Aliviada a formiga queria agradecer a pomba, mas onde será que ela estava?
    Dias depois, a formiguinha andava pelo bosque quando viu um camponês descalço, armado de arco e flecha. O homem mirava alguma coisa no alto de um galho. Era justamente a pomba branca que, sem desconfiar de nada, dormia tão profundamente que até roncava.
“Preciso avisá-la”, pensou a formiga, desesperada.
    Nhec!!!... A formiguinha enterrou suas mandíbulas cortantes no pé descalço do camponês malvado.
    – Ai! Ai! Ai! Ui! Ui! Ui! – Gritou o homem, uivando de dor. E largou o arco e a flecha, que ficaram caídos na terra.
    Com o barulho, a pombinha acordou assustada. E mais que depressa tratou de voar para bem longe. O camponês foi embora, furioso, resmungando:
    Que azar, pisei num espinho! Adeus, pomba assada...

MORAL DA HISTÓRIA: “O bem que fazemos, um dia volta para nós. ”


VIEIRA, Isabel.

10.  Nesse texto, a expressão "Ai! Ai! Ai! Ui! Ui! Ui!" indica
a) alegria extrema e surpresa diante da situação inesperada.
b) tristeza profunda e resignação diante da dor causada pela formiga.
c) irritação e raiva em relação ao comportamento da formiga e da pomba.
d) dor intensa e agonia do homem que está sentindo devido à picada da formiga.

Leia o texto abaixo.

 
11. No trecho: “Ainda tô aqui na luta...”, a expressão grifada indica que o pai do garoto:
a) está praticando lutas marciais.
b) já está no caminho de volta para casa.
c) iniciou as atividades do trabalho agora.
d) ainda permanece trabalhando muito. 

12. As expressões do texto “queroooooooo” e “obaaaa” revelam com intensidade um sentimento de:
a) urgência.
b) exultação.
c) dedicação.
d) desalento.


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