Apresentamos uma atividade de história enriquecedora sobre os povos indígenas que habitavam o Brasil em 1500, destinada aos alunos do 6º e 7º ano. Os povos indígenas desempenham um papel fundamental na história do país, com suas diversas culturas, línguas e tradições que contribuíram de forma significativa para a formação da identidade nacional. Conheça, baixe e aplique este material em suas aulas para proporcionar aos seus alunos um aprendizado mais profundo sobre a herança indígena brasileira!
Habilidade BNCC alcançada:
(EF06HI08) Identificar os espaços territoriais ocupados e os aportes culturais, científicos, sociais e econômicos dos astecas, maias e incas e dos povos indígenas de diversas regiões brasileiras.
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POVOS INDÍGENAS DO BRASIL EM 1500
Muito se discute sobre os povos pré-colombianos que habitavam a América antes da chegada de Colombo, entre os quais se destacam os incas, astecas e maias. No entanto, não podemos esquecer que o Brasil, um território que era chamado de Pindorama (que significa "Terra de Palmeiras" em tupi), já era habitado quando os portugueses chegaram em 1500.
Os indígenas brasileiros não formaram civilizações com cidades e estruturas arquitetônicas como seus vizinhos, mas viviam em comunidades familiares e desenvolveram técnicas que ainda influenciam a vida no Brasil.
Segundo o Museu da Língua Portuguesa, no século XVI, o território que seria o Brasil tinha cerca de 1500 povos e falava aproximadamente 1200 línguas. Em contraste, o Censo IBGE de 2010 registrou cerca de 305 povos indígenas, totalizando 896.917 pessoas. Essa comparação revela a drástica redução populacional e a tentativa de apagar suas culturas.
TUPIS E GUARANIS
Ao longo do processo de desenvolvimento dos povos indígenas brasileiros, aconteceu a divisão linguística social em dois grandes grupos, chamados troncos: o Macro-Jê e o Macro-Tupi. Do Macro-Tupi, surgiram os povos Tupi e Guarani, os mais conhecidos no Brasil. Em 1500, os Tupis ocupavam a costa do Ceará a São Paulo e os guaranis o litoral Sul, na bacia dos rios Paraná e Paraguai. Havia outras tribos, os tupis as chamavam de tapuias, que significa “que falam outra língua.”
A sobrevivência dessas tribos estava ligada à caça, pesca, extrativismo e agricultura. Uma característica importante era a migração em busca de novos territórios quando os recursos se esgotavam, um processo conhecido como semissedentarismo.
As aldeias, chamadas tabas pelos Tupis, abrigavam entre 600 e 700 pessoas e eram construídas de acordo com as orientações do conselho de chefes, que analisava as condições de abastecimento e segurança. Após a aprovação do local, as ocas (cabanas) eram erguidas, cada uma abrigando entre 85 e 140 moradores.
As ocas eram construídas com paredes de madeira e cipó, cobertas com sapé. As aldeias estavam interligadas, evidenciando o contato entre elas. Pesquisas arqueológicas indicam que os tupis-guaranis mantinham relações com os incas do Peru, com objetos de cobre dos Andes encontrados no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
Na taba, o trabalho era dividido por sexo: os homens realizavam atividades físicas intensas, como a preparação da terra, construção das ocas, caça e guerra, enquanto as mulheres cuidavam do cultivo, colheita, tecelagem e cozinha. A alimentação era baseada em mandioca, peixe, mariscos e carne.
Os indígenas também se destacavam no artesanato, produzindo cordas, cestos, peneiras, esteiras e redes a partir de fibras, além de cerâmicas para potes e urnas funerárias. Praticavam diversos rituais mágico-sagrados relacionados a plantio, caça, guerra, casamento, luto e antropofagia. O ritual antropofágico era o que mais assustava os colonizadores. Os indígenas acreditavam que ao comerem a carne de uma pessoa, ganhariam sua força e demais qualidades, diferenciando-se da ideia de canibalismo, onde se consome a carne somente para saciar a fome.
Os indígenas brasileiros praticavam diversos rituais, e acredita-se que o mais sanguinário tenha sido usado para justificar assassinatos, embora não fosse comum entre a maioria das tribos. É importante reconhecer a grandeza dos indígenas, não apenas pelos altos números antes da chegada dos portugueses, mas também por sua rica cultura e contribuições para a identidade e cultura brasileira atual.